Esquerdismo
Esquerdismo é uma expressão derivada de "esquerda", que, no espectro político, se distingue e se opõe à "direita" ou conservadorismo. O nome esquerda surgiu com este significado na França devido ao fato de, nos Estados Gerais franceses reunidos em 1789, o Terceiro Estado (que clamava por reformas liberais, quando não mesmo revolucionárias), tomar os lugares à esquerda do rei, em virtude de os da sua direita já se acharem ocupados pelos representantes do clero e da nobreza.
Já expressão Esquerdismo, por sua vez, se refere aqueles que assumem uma posição de esquerda. No entanto, o marxismo ressignificou esta expressão para denominar por este termo uma corrente que surge no seu próprio interior.
Já expressão Esquerdismo, por sua vez, se refere aqueles que assumem uma posição de esquerda. No entanto, o marxismo ressignificou esta expressão para denominar por este termo uma corrente que surge no seu próprio interior.
Século XX até a extinção da URSS
Os esquerdistas alegavam se colocar do lado do povo, dos trabalhadores, assumindo, pois, posições socialistas ou comunistas. No sentido comum da palavra, esquerdismo é a posição daqueles que se contrapõem a direita. Mas, no sentido marxista, esta expressão ganha um novo significado, qualificando uma determinada corrente no interior do próprio marxismo. Assim, a expressão esquerdismo surge não como a posição daqueles que se contrapõem a direita e sim como uma radicalização da esquerdismo. É por isso que Lênin, considerado um homem de esquerda, quando não de extrema-esquerda, irá utilizar o termo "esquerdismo" de forma pejorativa. O esquerdismo, na concepção leninista, é um "infantilismo", marcado por um eticismo e radicalismo, que não se inspira na experiência russa e na tática leninista. A obra inaugural de Lênin, "O Esquerdismo, A Doença Infantil do Comunismo" era endereçada principalmente para os chamados comunistas de conselhos, Anton Pannekoek e Herman Gorter,mas também para a esquerda extra-parlamentar na Inglaterra, representada por Sylvia Pankhurst, e na Itália, representada por Amadeo Bordiga e a "Esquerda Comunista Italiana".
Os esquerdistas responderam a Lênin. Uma das primeiras respostas foi a de Herman Gorter, autor de Carta Aberta ao Camadara Lênin, no qual dizia que este fazia da experiência russa um modelo a ser seguido pelos comunistas de todo o mundo, sem observar as diferenças radicais entre a Rússia e a Europa Ocidental, por exemplo. Gorter acusa Lênin de oportunismo e rebate as várias teses leninistas que entravam em contradição com o verdadeiro "esquerdismo". Outros esquerdistas, como Pankhurst, Bordiga, Pannekoek também responderam a Lênin. Na década de 70, Denis Authier publicou uma resposta indireta em seu livro "Esquerda Alemã: Doença Infantil ou Revolução?" e David Cohn-Bendit, juntamente com seu irmão Gabriel Cohn-Bendit, que participaram ativamente da rebelião estudantil de maio de 68 em Paris, escreveu "O Esquerdismo, Remédio para a Doença Senil do Comunismo".
Do ponto de vista mais analítico, o sociólogo Richard Gombim escreveu "As Origens do Esquerdismo", na qual aborda o comunismo de conselhos e sua influência no surgimento do esquerdismo francês expresso pelo grupo Socialismo ou Barbárie, de Castoriadis, Lefort e outros, e da Internacional Situacionista,de Guy Debord e outros.
Na definição de Norberto Bobbio, ser de esquerda é lutar pela igualdade.
Os esquerdistas responderam a Lênin. Uma das primeiras respostas foi a de Herman Gorter, autor de Carta Aberta ao Camadara Lênin, no qual dizia que este fazia da experiência russa um modelo a ser seguido pelos comunistas de todo o mundo, sem observar as diferenças radicais entre a Rússia e a Europa Ocidental, por exemplo. Gorter acusa Lênin de oportunismo e rebate as várias teses leninistas que entravam em contradição com o verdadeiro "esquerdismo". Outros esquerdistas, como Pankhurst, Bordiga, Pannekoek também responderam a Lênin. Na década de 70, Denis Authier publicou uma resposta indireta em seu livro "Esquerda Alemã: Doença Infantil ou Revolução?" e David Cohn-Bendit, juntamente com seu irmão Gabriel Cohn-Bendit, que participaram ativamente da rebelião estudantil de maio de 68 em Paris, escreveu "O Esquerdismo, Remédio para a Doença Senil do Comunismo".
Do ponto de vista mais analítico, o sociólogo Richard Gombim escreveu "As Origens do Esquerdismo", na qual aborda o comunismo de conselhos e sua influência no surgimento do esquerdismo francês expresso pelo grupo Socialismo ou Barbárie, de Castoriadis, Lefort e outros, e da Internacional Situacionista,de Guy Debord e outros.
Na definição de Norberto Bobbio, ser de esquerda é lutar pela igualdade.
Características do Esquerdismo
Anti-parlamentar ou extra-parlamentar [Carece de fontes]
Anti-capitalistas
Anti-soviético (contra a União Soviética, considerada "capitalismo de estado")
Anti-social-democrata.
Anti-capitalistas
Anti-soviético (contra a União Soviética, considerada "capitalismo de estado")
Anti-social-democrata.
Estas características mostram que os esquerdistas recusam o reformismo e o parlamento (entre outros) [Carece de fontes] mas não seus aspectos programáticos positivos. Isto ocorre pelo motivo de que não existe consenso entre os esquerdistas em várias questões. Por exemplo, os comunistas conselhistas são anti-partido, mas a Esquerda Comunista Italiana, bordiguista, defende o partido-seita, extra-parlamentar. Assim, o que caracteriza o esquerdismo é, principalmente, sua recusa do parlamento e do processo eleitoral [Carece de fontes], da social-democracia e do bolchevismo, juntamente com o anti-capitalismo.
Retirado da Wikipédia