Gonçalves, José Júlio
Professor catedrático do ISCSP, onde chega a presidente do Conselho Científico, depois da saída de Adriano Moreira e sucedendo a José Maria Gaspar, seu companheiro e amigo nas aventuras da criação das universidades privadas. Sociólogo. Reitor da Universidade Moderna. Doutorado pela Universidade de Madrid. Autor de O Mundo Árabo-Islâmico e o Ultramar Português, 1958; O Protestantismo em África, 1960; Técnicas de Propaganda, Élites, Quadros e Outros Estudos, 1961; Sociologia da Informação, 1963; Itinerários da Teoria Sociológica, 1969; Sociologia, 1969. Nos últimos tempos do marcelismo chega a subdirector do jornal A Capital, quando este é dirigido por Henrique Martins de Carvalho.
Especialista em comunicação social e em matérias de propaganda, colabora com o Estado Maior do Exército quando este é dirigido por Ramalho Eanes. Figura polémica, de prodigiosa imaginação, depois de ter sido um dos colaboradores íntimos de Adriano Moreira, sai do respectivo circuito por colaborar com o marcelismo. Fazendo pontes com o tradicionalismo católico, figuras do salazarista e da extrema direita e com o Grande Oriente Lusitano, consegue animar a criação de uma colossal Universidade Privada, que sofre os efeitos das desventuras de uma dissidência maçónica, uma altura em que Paulo Portas é um dos activos professores da instituição.
Retirado de Respublica, JAM