segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Cabeçadas, Governo de (1926)

Em 28 de Maio de 1926 as instituições republicanas foram derrubadas por uma sedição militar, iniciada em Braga por Gomes da Costa e coordenada em Lisboa por Mendes Cabeçadas, antigo revolucionário da Rotunda, ligado à União Liberal Republicana. A Junta revolucionária de Lisboa era constituída, entre outros, por Cabeçadas, Gama Ochoa, Jaime Baptista e Carlos Vilhena, tendo o apoio do comandante da polícia, Ferreira do Amaral, que logo em 30 de Maio foi nomeado governador civil. Uma revolução quase à procura de autor que recebeu inicialmente apoio de variadas facções, de anarco-sindicalistas a católicos, passando por seareiros, integralistas, republicanos conservadores e monárquicos, mas cujos líderes foram sucessivamente devorados (primeiros Cabeçadas e depois Gomes da Costa), até se atingir a estabilidade com Carmona, apoiado pelo Ministro das Finanças, Oliveira Salazar que, pouco a pouco, emergiu como verdadeiro líder da nova situação. Com efeito, Gomes da Costa, Cabeçadas e Carmona foram as três principais figuras de um puzzle sediciosos que, durante três meses, personificou um movimento que, sem autor, procurou um chefe.
Em 30 de Maio de 1926:
Cabeçadas, o Presidente começa por assumir todas as pastas, mas nesse mesmo dia logo é instituído um triunvirato;
· Cabeçadas na presidência, marinha e justiça.
· Gomes da Costa na guerra, colónias e agricultura.
· Gama Ochoa no interior, estrangeiros e instrução.

Em 3 de Junho de 1926:
· Cabeçadas na presidência e interior.
· Oliveira Salazar nas finaças.
· Manuel Rodrigues na justiça.
· Gomes da Costa na guerra e colónias.
· Jaime Afreixo na marinha.
· Carmona nos estrangeiros.
· Mendes dos Remédios na instrução.
· Ezequiel de Campos na agricultura e no comércio.
Retirado de Respublica, JAM