terça-feira, 9 de outubro de 2007

Teoria dos Jogos

Teve a sua origem em P. G. Cambray, The Game of Politics. A Study of the Principles of British Political Strategy, Londres, John Murray, 1932, onde se aplicavam as metáforas do jogo do xadrez à política internacional. Atinge as suas culminâncias com o behaviorismo, tanto na obra de J. Von Neumann e Oscar Morgenstern, Theory of Games and Economic Behaviour, de 1943, como em A. Rapoport, Fights, Games and Debates, Michigan University Press, 1960. Nesta base, Michel Crozier vem falar na organização como uma forma de actividade estruturada em torno de um objectivo, num conjunto de jogos articulados uns com os outros, referindo que é a estruturação do campo que oferece constrangimento e recursos a partir dos quais os membros de uma célula elaboram o jogo que constituirá o seu governo, entendendo o poder como um jogo conjunto complexo de jogos abertos, entrecruzados e interdependentes, onde todos os jogadores procuram maximizar os seus ganhos.

Jogo político
Alguns autores, partindo da noção de jogo como um mecanismo concreto graças ao qual os homens estruturam as suas relações de poder(... ) deixando-lhes a sua liberdade,jogo de competição que se exerce numa ordemo conjunto de regras destinado a codificar a competição.
consideram por fim que a política é um definida como

Jogo de soma variável
Quando os jogadores competem uns com os outros, mas onde todos podem ganhar conjuntamente. Pensou-se que esta seria a regra da exploração da natureza, da sujeição da terra. Só que, como explica o ecologismo, gerou-se um utendi et abutendi. Assim, em vez do cartesiano dono e senhor da natureza, aquilo que Max Weber ainda qualificava como a luta pacífica do homem com a natureza, começa agora a defender-se o homem respeitador da natureza, onde aquilo que nela cultivamos, ou acrescentamos, tem de respeitar a regra da harmonia, e onde o abuso de direito deixa de ser direito.

Jogo de soma zero
Quando os ganhos de todos os jogadores somam zero, porque aquilo que um ganha perde o outro. Sempre que alguém obtém um ganho, o outro tem uma perda. Nas relações de poder, se um homem, colocado no lado activo, adquire ou exerce um poder sobre outro homem, este último, situado no lado passivo, perde alguma coisa, passando a estar vinculado a um dever (quando o outro tem um direito subjectivo) ou a uma sujeição (quando o outro tem um direito potestativo).

Retirado de Respublica, JAM