segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Utilidade/ Utilitarismo

A possibilidade de um bem ou serviço poder satisfazer uma necessidade humana. A utilidade não pode assim ser medida em termos absolutos, dado que aquilo que é útil para uma determinada pessoa pode não o ser para outra, tal como também o pode deixar de ser para a mesma pessoa, no decurso do tempo. O chamado utilitarismo, de Bentham e Mill, assumiu o princípio do the greatest good to the greatest number. Não se confundiu, contudo, com o herdonismo, admitindo a hipótese de um prazer próprio visando estar ao serviço dos outros.
Retirado de Respublica, JAM
Em ética, utilitarismo é a doutrina segundo a qual é boa ou certa a decisão ou ação que traz mais benefícios à coletividade, e má ou errada aquela que traz menos benefícios à coletividade.
Prosperidade
Uma grande parte da economia de beneficiência (no Brasil economia do bem-estar social ou welfarismo) é orientada pela visão utilitária da prosperidade, uma visão que dominou as bases da teoria econômica não-clássica e os debates sobre filosofia moral. Nos fundamentos de sua estrutura, o utilitarismo encara um indivíduo como a expressão da utilidade, da satisfação, do prazer, da felicidade ou do desejo de realização. Quando se chega a uma acção, seja ao consumo de um certo bem, a uma contribuição à caridade, à votação em algum candidato, se a gente vai ter filhos e, em caso afirmativo, quantos. Se isto aumenta a felicidade e a satisfação e, numa só palavra, a utilidade. Em sua essência, a utilidade se torna a medida da realização do nosso desejo, o denominador comum de tudo que queremos. A perspectiva utilitária parece ser muito persuasiva na definição da prosperidade da humanidade.
Afinal, como é que se poderia considerar próspera uma sociedade se os membros de tal sociedade não estão felizes ou não têm os seus desejos atendidos dentro de uma perspectiva utilitária? O utilitarismo pode não prover uma base consistente e coerente para a prosperidade.
É possível que certos indivíduos possam preferir alguma soma de dor ou de miséria no seu caminho para atingir metas mais elevadas, alguma coisa de valor que está acima e além de prazeres e desejos imediatos. Há muitos exemplos de sofrimentos pessoais na luta por algum objetivo mais alto: o estudante que passa noites em claro no seu esforço para fazer um exame crítico; o pesquisador, o artista, o atleta, todos eles renunciando a um prazer passageiro e um conforto para conquistar uma meta duradoura. Uma pessoa pode aumentar sua utilidade geral ao suportar uma inutilidade transitória e trocá-la assim por uma prosperidade global mais definitiva. O utilitarismo não oferece um mecanismo pelo qual nós possamos estabelecer uma diferença entre o conjunto de ações que conduzem à prosperidade e aqueles que não conduzem. Se nós aderimos à paz, é porque ela promove o bem-estar social. Se declararmos alguma guerra, isto também possivelmente acontece, porque com guerra chegamos a uma maior utilidade para preservar a nossa segurança nacional, do que com negociações ou alguma rendição ao oponente. Neste cenário, qualquer ação é potencialmente justificável quando se baseia no aumento de utilidade para as partes envolvidas.
As idéias de
Adam Smith foram alvo de críticas, sendo de destacar o papel da Crítica Utilitarista. De fato esta vai contrariar a teoria de Adam Smith.
Crítica Utilitarista

Condillac
Condillac apresenta uma Teoria do Valor fundada na utilidade, contrariamente aos economistas clássicos que o fundavam no Trabalho. Condillac sugere que o valor das coisas advém da utilidade, o que torna um bem escasso é a dificuldade em o produzir. Portanto como o nome indica, a grande contribuição da crítica Utilitarista foi exatamente o fundar o valor na sua utilidade. Contudo um grande problema se levanta: como medir esta utilidade?

Jeremy Bentham
Bentham sugeriu uma forma de quantificar a utilidade em 7 critérios: Intensidade, Duração, Certeza, Proximidade, Fecundidade, Pureza, Extensão.

Jean Baptiste Say
Jean-Baptiste Say recusa-se a acreditar que a Produção deva analisar-se como o processo pelo qual o homem prepara o objeto para o consumo. Segundo Say a Produção realiza-se através do concurso de 3 elementos, a saber: O Trabalho, O Capital e os agentes Naturais (Por Agentes Naturais entenda-se a Terra, etc). Tal como Smith, considera o Mercado essencial. Esta faceta é facilmente verificada quando Say afirma que os salários, os lucros e as rendas são Preços de Serviços, sendo determinados pelo jogo da oferta e da procura no Mercado desses fatores. Say acredita, contrariamente a Adam Smith, que não há distinção entre trabalho produtivo e Trabalho não Produtivo. Recorde-se que Adam Smith defendia que o Trabalho Produtivo era aquele que era executado com vista à fabricação de um objeto material, já Say defende "todos aquele que fornecem uma verdadeira utilidade em troca dos seus salários» são Produtivos".
Outros utilitaristas
Retirado da Wikipédia