Liberalismo
Segundo Fernando Pessoa, numa definição modelar, é a doutrian que mantém que o indivíduo tem o dirieto de pensar o que quiser, de exprimir o que pensa como quiser, e de pôr em prática o que pensa como quiser, desde que essa expressão ou essa prática não infrinja directamente a igual liberdade de qualquer outro indivíduo.
Etimologia
Apesar de Napoleão ter usado a expressão libérale na proclamação de 10 de Novembro de 1799 (19 de Brumário), ela só foi consagrada após a revolução espanhola de Cádis. Com efeito, Napoleão, qualifica como tal os idéologues, os sensualistas, como Cabanis e Destutt de Tracy, proclamando les idées conservatrices, tutélaires, libérales, sont rentrées dans leur droit. Assim, os wighs ingleses passam a ser conhecidos, a partir de 1816 pelo castelhanismo de british liberales, até que em 1840 o partido recebe a designação de Liberal Party.
Por outras palavras, o nome foi encontrado a posteriori, destinando-se a recobrir uma realidade que foi gradativamente instituída. Gournay falava num laissez faire, laissez passez. Galliani num le monde va tout seul. Mercier de la Rivière em proprieté, sureté, liberté, voilà tout l'ordre social. D'Argensson cunha o ne pas trop gouverner.
Liberalismo em Portugal.
A primeira vaga liberal, ligada aos desencadeadores do movimento de 20 de Agosto de 1821 é a do liberalismo radical, à maneira de Manuel Fernandes Tomás e Ferreira Borges. O segundo grupo tem a ver com o chamado liberalismo moderado, à maneira de Silvestre Pinheiro Ferreira e de Palmela.
Liberalismo ético.
A tentativa de religação entre a política e a moral. O moralismo escocês (Adam Smith, Adam Ferguson).