sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Modernidade

O conceito de moderno é bastante antigo. Já Santo Agostinho utilizava a expressão para falar na nova ordem cristã, face à antiga ordem pagã. Contudo, é com o Iluminismo que se atinge o actual entendimento do vocábulo. Moderno passou a ser o aqui e agora. O aqui, isto é, as sociedades ocidentais; o agora, isto é, aquilo que se faz contra o passado das sociedades anteriores, dado que estas não nos podem dar lições. Modernizar passou a ser ocidentalizar e continuou como tal pelos séculos seguintes. Com o industrialismo, o cientificismo, o modelo de Estado-Nação, os princípios da soberania popular e o caldo racionalista e positivista do progresso.

Modernidade.

Os chamados temps modernes que se sucederam à introdução do racionalismo cartesiano no pensamento ocidental.

Um dos últimos representantes dessa modernidade são os politólogos ditos desenvolvimentistas, para os quais a modernidade é o conjunto das características próprias da sociedade industrial ocidental europeia, perspectivadas como exigências da modernização de todas as outras sociedades. As sociedades não modernas são as sociedades tradicionais, rurais, atrasadas ou subdesenvolvidas, porque a sociedade moderna é urbana, desenvolvida e industrial, onde a passagem para esta segue um caminho histórico padronizável, de acordo com a teoria ferroviária da história, expressa por Bertrand de Jouvenel, a modernização. Esse padrão deu origem à sociedade da abundância e àquilo que em anglo-saxónico se qualificou como o establishment, caricaturizado pelo domínio do modelo WASP (1), triunfante no pós-segunda guerra mundial, tempo áureo das ideias de cristianismo, ciência e democracia, dominadas pela ética protestante nos valores do trabalho e do auto-aperfeiçoamento, bem como pela fé nas ideias iluministas de razão, positivistas de ciência e comportamentalistas de tecnologia. Foi contra esse situacionismo que se revoltou a contra-cultura norte-americana e se desenharam os sinais da pós-modernidade.

Retirado de Respublica, JAM

(1) "WASP é a sigla que em inglês significa "Branco, Anglo-Saxão e Protestante" (White, Anglo-Saxon and Protestant). Alguns ainda traduzem como "Branco, Americano, Sulista e Protestante" (White, American, Southern and Protestant).

Surgiu no início do século XX tendo como base o combate à raça, nacionalidade (ou regionalidade) e religião alheia. Inicialmente combatiam os negros e qualquer aspecto relacionado à eles (principalmente a música, jazz e blues, que começava proliferar em discos e rádios), mas logo voltaram seus ideais contra outros grupos: os italianos, pois bebiam demais o que levou o governo a criar a Lei Seca na década de 20; os irlandeses, por tolerarem os italianos e também pela questão do alcoolismo; e os judeus, por começarem a dominar a estrutura bancária do país através dos empréstimos de dinheiro.

A cultura WASP é focada nos chamados valores tradicionais e fortemente baseada numa reliosidade inflexível e visões ditas "tradicionais" da sociedade em todas as suas vertentes desde a família e sexualidade aos papeis homem/mulher em geral."

Texto 2 retirado da Wikipédia