Kahn, Hermann
Futurologista norte-americano, para que "há 200 anos os seres humanos à superfície do Globo eram relativamente poucos, quase todos pobres, e viviam à mercê das forças da natureza; daqui a 200, assim o esperamos, serão numerosos por quase toda a parte, ricos e senhores das forças da natureza". O único senão em todo este optimismo está, contudo, na seguinte observação do mesmo autor:"reparamos, com frequência, que aquilo que se conhece bem se compreende mal, e que aquilo que é tido como certo o é sem pensar". Hermann Kahn, para quem "há 200 anos os seres humanos à superfície do Globo eram relativamente poucos, quase todos pobres, e viviam à mercê das forças da natureza; daqui a 200, assim o esperamos, serão numerosos por quase toda a parte, ricos e senhores das forças da natureza"(Op. cit. p. 13). O único senão em todo este optimismo está, contudo, na seguinte observação do mesmo autor:"reparamos, com frequência, que aquilo que se conhece bem se compreende mal, e que aquilo que é tido como certo o é sem pensar"(op. cit. p. 9). A resposta a esta dúvida deve talvez ser dada pela circunstância de, conforme refere Carvalho Rodrigues, à revolução industrial, baseada na "exploração da massa pela energia" e que levou à "geração do desperdício", estar a suceder-se a "revolução das tecnologias da informação". Com efeito, os nossos fins dos tempos talvez sejam o resultado daquela lei da entropia, cunhada por Clausius em 1869, daquela "nova grandeza variável da energia" que é "a quantidade de energia que, sendo gasta numa mudança, é irrecuperável pelo sistema e fica para sempre na zona do desperdício no balanço da energia do Universo", de uma entropia que cresce sempre.
·The Year 2 000
Com Anthony J. Wiener, Nova Iorque, MacMillan, 1976. Cfr. trad. port., Os Próximos 200 Anos. Um Cenário para a América e para o Mundo, Lisboa, Editora Ulisseia, s. d.. Com William Brown e Leon Martel.
Retirado de Respublica, JAM