domingo, 21 de outubro de 2007

Miliband, Ralph

Um dos teóricos do neo-marxismo anglo-saxónico.


· The State in Capitalist Society, Nova York, Basic Books, 1969 [trad. port. O Estado na Sociedade Capitalista, Lisboa, Editorial Presença, 1977].

· Marxism and Politics, Oxford, Oxford University Press, 1978.

· Divided Societies. Class Struggle in Contemporary Capitalism, Oxford, Oxford University Press, 1990.

Retirado de Respublica, JAM


«Depois da glasnost, da perestroika, da queda do muro de Berlim, das profundas mudanças na economia chinesa, o socialismo tem algum futuro? Ou tem algo a dizer sobre o presente? Ou é apenas uma ideologia ultrapassada, mero fruto da hoje tão distante Revolução Industrial? Socialismo e ceticismo oferece respostas instigantes para estas e muitas outras questões congêneres, a partir de uma profunda análise da ampla gama de aspectos do capitalismo - sistema que tem como principal objetivo o lucro, e que por isso, "apesar de tudo o que se diga em contrário, não é compatível com boas condições de vida para todos."

A decorrência da análise praticada por Ralph Miliband percorre toda a obra: o socialismo é a única opção econômica, política e social capaz de resgatar uma dignidade de vida que, para grandes contingentes da atual população mundial, é uma miragem, um sonho ou uma realidade inatingível (não merecendo por isso sequer ser pensada). As assim chamadas e muitas vezes decantadas democracias ocidentais são tratadas aqui como meras "oligarquias temperadas por instituições democráticas" - sistemas de governo ainda bastante distantes dos verdadeiros ideais democráticos de participação popular. E as relações entre governo e grandes empresas privadas são abordadas em seus aspectos subjacentes e fundamentais, principalmente como elementos socialmente produzidos para garantir o enriquecimento de uma minoria egoísta e predadora. Esta obra também apresenta e discute, com a necessária lucidez e imparcialidade, os problemas antigos e atuais dos regimes socialistas, não poupando as merecidas críticas a que muitos deles estão sujeitos, por terem gerado processos impossíveis de serem vistos como democráticos: surgimento de uma classe burocrática privilegiada, violação de direitos humanos, centralização de poder, policiamento político, indiferença política da classe trabalhadora.»

Retirado de Editora UNESP

Foto 1 picada da
Press Books

Foto 2 picada de schoolnet