terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Carlos, Adelino da Palma (1905-1992)

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa. Foi bastonário da Ordem dos Advogados. Maçon e destacado republicano histórico, opositor do Estado Novo. Fundador da Liga da Mociedade Republicana em 1923, juntamente com José Rodrigues Miguéis e Carlos Mayer Garção. Conclui a licenciatura em 1926. Participa na revolta de 3 e 7 de Fevereiro de 1927. Assistente do Instituto de Criminologia de Lisboa em 1930. Doutorado em 1934, com uma dissertação intitulada Os Novos Aspectos do Direito Penal. Ensaio sobre a Organização de um Código de Defesa Social. Concorre a professor em 1935, mas não é admitido por razões políticas. Defensor de vários presos políticos nos anos trinta. Mandatário de Norton de Matos em 1949. Bastonário da Ordem dos Advogados de 1950 a 1956. Contratado para professor da Faculdade de Direito de Lisboa em 1951. Faz os concursos para professor extraordinário e catedrático em 1957 e 1958. Administrador da Companhia Reunida de Gás e Electricidade de Lisboa desde 1960. Director da Faculdade de Direito de Lisboa de 1965 a 1970. Presidente da Comissão Revisora do Código de Processo Civil em 1972. Procurador à Câmara Corporativa em 1954 e 1973, como representante da Ordem dos Advogados. Primeiro-ministro de 16 de Maio a 11 de Julho de 1974. Na carta de demissão que envia ao Spínola considera: sirvo melhor o meu País, afastando-me do cargo do que permanecendo nele. Refere o predomínio das paixões políticas e das ambições pessoais e diz: estou a lembrar-me a propósito da presente situação, de uma frase de Aristóteles: o homem aperfeiçoado pela sociedade é o melhor dos animais mas é o mais terrível quando vive sem justiça nem leis. Nessa altura recomhecia a existência de um clima de ódio e que a situação no Ultramar era dramática. Primeiro Reitor da Universidade Livre. Presidente das Selecções do Readers Digest de Portugal. Mandatário de Ramalho Eanes. Ver Helena Sanches Osório, Um Só Rosto, uma Só Fé. Conversas com Adelino da Palma Carlos, Lisboa, Referendo, 1988.
Retirado de Respublica, JAM