sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Mónada

Uma substância individual completa. Conceito fulcral no pensamento de Leibniz, para quem cada mónada é uma unidade da realidade metafísica. Já antes Giordano Bruno (1548‑1600), em Spacio della bestia trionfante, as considerava como as unidades do mundo metafísico (os átomos do mundo físico) que obedecem tanto a uma lei própria como a uma lei universal. No pensamento leibniziano são realidades indivisíveis e independentes umas das outras que não têm janelas pelas quais qualquer coisa possa lá entrar ou sair, mas que formam a substância. As mónadas, equivalentes a cada um dos indivíduos, são entendidas como um mundo à parte, auto‑suficiente, permitindo que vivêssemos numa perfeita independência face à influência de todas as outras criaturas. São centros espirituais dinâmicos em que se compenetrariam individualidade e substancialidade, assumindo-se, ao mesmo tempo, como um espelho do mundo e como uma criação original. E é através delas, entendidas como microcosmos, que cada indivíduo se une ao cosmos, reflectindo aquela totalidade do mesmo, uma harmonia pré-estabelecida por Deus.