sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Olson, Mancur

Teórico da acção colectiva, segundo a qual os grupos não se comportam segundo a lógica de racionalidade dos indivíduos. A lógica da acção colectiva é considerada uma nóva lógica caracterizada pela ausência de mobilização. Procura demonstrar a ausência de mobilização colectiva numa sociedade de mercado onde os indivíduos aderem a uma moral utilitarista.



Obras do Autor:


· The Logic of Collective Action. Public Goods and the Theory of Groups, Cambridge, Massachussetts, Harvard University Press, 1965 [trad. fr. La Logique de l’Action Collective, pref. de Raymond Boudon, Paris, Presses Universitaires de France, 1968].

· The No-Growth Society, Londres, Woburn Press, 1976. Com Hans Landsberg.

· The Rise and Decline of Nations. Economic Growth, Stagflation and Social Rigidities, New Haven, Yale University Press, 1982.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada de eumed

Mancur Olson (1932-1988) foi um economista e cientista social norte-americano que, de forma pioneira, apropriou-se de modelos econômicos para o estudo de fenômenos sociais e políticos. Suas obras tratam de temas diversificados como tributação, ação coletiva, bens públicos e direitos contratuais no desenvolvimento econômico. A Lógica da Ação Coletiva é o seu primeiro e mais influente livro.

Retirado da Wikipédia

Olivença

Território português conquistado pela Espanha em 1801. A declaração de guerra é de 27 de Fevereiro de 1801 e o tratado que nos foi imposto é de 6 de Junho. Em 1 de Maio de 1808, D. João rejeita os tratados de 1801. Nas actas finais do Congresso de Viena, de 1815, no artigo 105, ficou expresso o compromisso da Espanha em retroceder os ditos territórios; em 1817, a Espanha assume as resoluções de Viena. Em torno desta ocupação gera-se um certo irredentismo português, animado pela Sociedade dos Amigos de Olivença que teve como principal impulsionador o republicanismo místico de Hernâni Cidade.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada da Wikipédia

Oliveira, J. G. Correia de ( 1921)

José Gonçalo da Cunha Sottomayor Correia de Oliveira. Filho do poeta António Correia de Oliveira, assume-se como um dos principais tecnocratas do salazarismo, destacando-se como o principal negociador português para a fundação da EFTA. Membro do governo durante década e meia, nos anos cinquenta e sessenta. Abalado pelos escândalos dos ballets roses, acaba tragicamente, já depois de 1974. Secretário de Estado do orçamento e do comércio (de 21 de Julho de 1955 a 4 de Maio de 1961). Ministro da Presidência (de 22 de Junho de 1961 a 19 de Março de 1965). Ministro da economia de Salazar e Marcello Caetano (de 19 de Março de 1965 a 27 de Março de 1969).

Retirado de Respublica, e do CEPP JAM

Oliveira Júnior, Francisco de Paula (1908-1993)

Dito Pavel. Destacado e mítico militante dos tempos heróicos do PCP. Operário no Arsenal da Marinha catequitizado por Bento Gonçalves (1929). Em Janeiro de 1932 já aparece como secretário da Federação da Juventude Comunista Portuguesa. Contudo, a partir de Abril de 1939 instala-se no México, desaparecendo da cena política portuguesa. Aí adopta o novo nome de Antonio Rodriguez, tornando-se escritor e professor universitário, de tal maneira se ligando ao Novo Mundo que até esquece a língua materna.

Retirado de Respublica, JAM

Oliveira, Eduardo de Arantes e (n. 1907)

Ministro das obras públicas de Salazar entre 2 de Abril de 1954 e 12 de Abril de 1967. Engenheiro civil pela Escola Militar (1929). Passa à resreva como major em 1952. Ligado a Duarte Pacheco, torna-se depois íntimo do grupo de Marcello Caetano. Director do Laboratório Nacional de Engenharia Civil desde 1947. Torna-se no ministro das inaugurações do salazarismo, herdando a imagem do tecnocrata construtor, na senda de Fontes Pereira de Melo e de Duarte Pacheco. Está, sobretudo, ligado ao processo de electrificação do país através da construção das barragens hidroeleéctricas, deste modo cumprindo parte do sonho de Ezequiel de Campos. É o grande projectista da Ponte Sobre o Tejo de Lisboa, dita sucessivamente Ponte Salazar e Ponte 25 de Abril. Governador de Moçambique com Marcello Caetano, a partir de 1 de Março de 1970, sucedendo a Baltazar Rebelo de Sousa, na véspera da Rodésia se transformar em república. Durante o salazarismo assume-se como o ministro das inaugurações, tendo uma grande visibilidade pública, face ao aparecimento da televisão.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada do LNEC

Oliveira, António César Gouveia de (1941-1997)

Historiador político português. Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras do Porto. Doutor pelo ISCSP (1986) e professor do ISCTE, desde 1976. Foi militante do PCP até aos anos sessenta. Depois de 1974, próximo de Melo Antunes, é fundador do MES, com Jorge Sampaio e João Cravinho. Durante o PREC chega a ser alcunhado como o historiador da classe operária. Alinha com a UEDS e acaba por aderir ao PS. Deputado pela UEDS quando se constitui a Frente Republicana e Socialista. Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital em 1990-1994. Um dos fundadores da efémera licenciatura de ciência política da Universidade Internacional. Figura generosa de militante romântico que nunca deixou de praticar a irreverência mesmo quando o seu partido estava no poder. Desapareceu prematuramente, vítima de doença prolongada.
Obras do autor:

· O Operariado e a República Democrática. 1910-1914, Porto, Edições Afrontamento, 1972.

· A Criação da União Operária Nacional, Porto, Afrontamento, 1972.

· O Socialismo em Portugal. 1850-1900. Contribuição para o Estudo da Filosofia Política do Socialismo em Portugal na Segunda Metade do Século XIX, Porto, Edições Afrontamento, 1973.

· O 1º Congresso do PCP, Lisboa, Seara Nova, 1974.

· A Revolução Russa na Imprensa Operária da Época, Lisboa, Diabril, 1975.

· Treze Cartas de Portugal para Marx e Engels, Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1978.

· Portugal e a II República de Espanha, Lisboa, Perspectivas & Realidades, 1987. Dissertação de Doutoramento.

· Salazar e o seu Tempo, Lisboa, O Jornal, 1991.

· Os Anos Decisivos. Portugal 1962-1985. Um Testemunho, Lisboa, Editorial Presença, 1993.

· Cem Anos de Relações Portugal/ Espanha. Política e Economia, Lisboa, Cosmos, 1995.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada de JAM

Oliveira, Artur Águedo de (1894-1978)

Figura grada do Estado Novo. Formado em Direito por Coimbra (1917) e doutorado em 1923, com uma dissertação sobre O Imposto de Rendimento na Teoria e na Prática. Deputado de 1935 a 1968. Da Junta Central da Legião Portuguesa e da Comissão Executiva da União Nacional. Juiz do Tribunal de Contas, depois de ter sido subsecretário de Estado das finanças nos anos trinta e ministro da mesma pasta na primeira parte da década de cinquenta. Autor de Filosofia Moral e Política do Estado Novo. A Nova Constitucionalidade, Lisboa, União Nacional, 1937, bem como de A União Nacional como Direcção Política Única, 1937, e de Portugal Perante as Tendências da Economia Mundial, 1947.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada de JAM

Oliveira, António Correia de (1879-1960)

Poeta neogarrettista, ligado aos movimentos culturais do Integralismo Lusitano e da revista Águia. Salazarista ferveroso, de crença monárquica, transforma-se num dos poetas oficiosos do Estado Novo, com inúmeros textos escolhidos para os livros únicos de língua portuguesa do sistema de ensino primário e secundário. Pai do ministro J. G. Correia de Oliveira.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada do I. Camões

Oligarquia

Do grego oligos, pouco. Segundo Platão, é o governo das famílias ricas; a potencial guerra civil com os pobres; a cidade enferma em luta consigo mesmo; é uma forma de governo, onde o censo decide sobre a condição de cada cidadão; onde os ricos, por consequência, exercem o poder sem que os pobres nele participem.

Para Edward Shils, oligarquias podem ser de três espécies:

1. as modernizantes (modernizing oligarchies), abrangendo os regimes ditatoriais que têm como objectivo proclamado o desenvolvimento económico;


2. as totalitárias (totalitarian oligarchies), com regimes de partido único ou chefia personalizada, sem alternância e com imposição de uniformidade ideológica, como o fascismo, o nazismo e o sovietismo;


3. as tradicionais (traditional oligarchies), onde a elite dirigente se recruta na base do parentesco e do status, assumindo geralmente forma dinástica e apoiando-se mais no costume do que em qualquer constituição racional-normativa.


Oligarquia, Lei de Ferro da

Robert Michels, em 1911, analisando o fenómeno do partido de massas, pela observação do SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha), nos finais do século XIX, considera que tudo quanto é organização significa necessariamente oligarquia. Retoma, deste modo, as teses de Gaetano Mosca, segundo as quais uma minoria organizada domina sempre uma maioria desorganizada. Mais recentemente, Robert J. Brym, em Intellectuals and Politics, 1980, vem falar numa lei de ferro da democracia.

Retirado de Respublica, JAM