Stirner, Max 1806-1873
Pseudónimo de Johann Kaspar Schmidt. A partir de 1839 passa a professor de um colégio de raparigas. Começa como hegeliano de esquerda e acaba por assumir-se como um anarquista libertário, marcado por um individualismo radical que, ao contrário do anarquismo de Proudhon, rejeita o Estado. Invoca o cocneito de alienação, desenvolvido por Feuerbach e é fortemente influenciado pelo seu amigo Bauer.. Considera o homem como o único (Einzige) que não pode ser propriedade de ninguém, nomeadamente do Estado, mesmo que seja liberal e critica frontalmente este modelo de Estado que conduz à escravidão do eu. Considera que o Homem feito para ser proprietário de todas as coisas não pode ser possuído por ninguém, propondo que a sociedade seja fundada no egoísmo, no culto de um eu soberano, propondo a constituição de uma associação de egoístas, todos eles soberanos.
· Der Einzige und sein Eigenstuhm , 1844. Cfr. trad. fr. L’Unique et sa Proprieté, Lausanne, Éditions l’Âge de l'Homme, 1988).
· Kleinere Schriften
Escritos editados em 1888 por John Henry Mackay (cfr. a trad. port. Textos Dispersos, Lisboa, Via Editora, 1979, com apresentação de J. Bragança Miranda, onde se incluem, entre outros os artigos O Falso Princípio da nossa Educação, de 1842, e Algumas Observações Provisórias Respeitantes ao Estado Fundado no Amor, de 1844)
. Blondel, Jacqueline, «L'Individualisme Radical: Stirner et Nietzsche», apud Ory, Pascal, op. cit., pp. 428 segs..
. Prélot, Marcel, As Doutrinas Políticas, 3, secção «O Egotismo: Stirner».