Mecânica
Como refere Comte, Kepler, Galileu e Newton são os três são os "fundadores da mecânica" e os autores das também "três leis fundamentais do movimento". A primeira, de Kepler, "consiste no facto de todo o movimento ser naturalmente rectilíneo e uniforme"; a segunda, de Galileu, "proclama a independência dos movimentos relativos dos diversos corpos em relação a todo o movimento comum do seu conjunto"; a terceira, de Newton, "consiste na igualdade entre a reacção e a acção em qualquer colisão mecânica".
Mecânica da arte social –Sièyes, 29, 187
Mecânica e legitimidade tradicional
Para Weber, a acção tradicional é considerada como uma conduta mecânica na qual o indivíduo obedece inconscientemente a valores considerados evidentes e que daria origem à chamada legitimidade tradicional, onde emergem os fiéis como seria timbre do patriarcalismo, da gerontocracia, do patrimonialismo e do sultanismo.
Mecanicismo
O entendimento do mundo como uma máquina cujas leis são calculáveis. Deste modo, pretende explicar-se a moral, a política e a física a partir do movimento e da causalidade mecânica, consistindo numa imbricação das causas e dos efeitos, num encadeamentro de movimentos que fazem do mundo e do próprio indivíduo meros mecanismos. Era a perspectiva de Hobbes, marcada por uma espécie de razão que, segundo Simone Goyard-Fabre, é uma dedução, uma construção, uma técnica: não é nem uma luz natural nem uma faculdade inata, é um acto de racionation, um discurso, algo que resulta de uma indústria. A partir de então, o mundo, em vez de ser concebido como uma espécie de ser animado, passou a ser visto como uma simples máquina decomponível pela mecânica. Considerou-se que o universo, uma vez criado, passou a ser uma entidade autárcica onde a física, a mecânica e a matemática deveriam ocupar o espaço da metafísica. Bergson assume-se contra o mecanicismo e o tecnicismo, formas de materialismo, considerando que o ser vivo não é uma máquina determinada por leis calculáveis.
Mecanismos de auto-organização em Hayek, 39, 241.