sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Oligarquia

Do grego oligos, pouco. Segundo Platão, é o governo das famílias ricas; a potencial guerra civil com os pobres; a cidade enferma em luta consigo mesmo; é uma forma de governo, onde o censo decide sobre a condição de cada cidadão; onde os ricos, por consequência, exercem o poder sem que os pobres nele participem.

Para Edward Shils, oligarquias podem ser de três espécies:

1. as modernizantes (modernizing oligarchies), abrangendo os regimes ditatoriais que têm como objectivo proclamado o desenvolvimento económico;


2. as totalitárias (totalitarian oligarchies), com regimes de partido único ou chefia personalizada, sem alternância e com imposição de uniformidade ideológica, como o fascismo, o nazismo e o sovietismo;


3. as tradicionais (traditional oligarchies), onde a elite dirigente se recruta na base do parentesco e do status, assumindo geralmente forma dinástica e apoiando-se mais no costume do que em qualquer constituição racional-normativa.


Oligarquia, Lei de Ferro da

Robert Michels, em 1911, analisando o fenómeno do partido de massas, pela observação do SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha), nos finais do século XIX, considera que tudo quanto é organização significa necessariamente oligarquia. Retoma, deste modo, as teses de Gaetano Mosca, segundo as quais uma minoria organizada domina sempre uma maioria desorganizada. Mais recentemente, Robert J. Brym, em Intellectuals and Politics, 1980, vem falar numa lei de ferro da democracia.

Retirado de Respublica, JAM