Lapouge, Gorges Vacher de (1854-1936)
Professor em Montpellier. Começa a vida profissional como magistrado, passando, depois, a bibliotecário. Dedica-se à zoologia e à antropologia e faz um trabalho prático de medição de cerca de vinte mil crânios. Defende que as raças dolicocéfalas dos louros são superiores às braquicéfalas. Adepto da selecção social. Baseia-se no darwinismo social, na ideia de luta pela sobrevivência das espécies. Propõe, para o efeito, a criação de uma nova ciência social que baptiza de antropossociologia. Assume um claro anti-semitismo. Considera que o homem livre, marcado pelas ficções da justiça, da igualdade e da fraternidade, típicas da democracia, não existe: o indivíduo é esmagado pela sua raça; ele não é nada. A raça, a nação são tudo. Defende, pois, uma política científica que diz preferir as realidades, das forças, leis, raças e a chamada evolução. Deste modo, procura misturar o determinismo biológico com o determinismo histórico, onde a luta de raças acresce à própria luta de classes, proclamando: infelizes os povos que perdem tempo com os seus sonhos.
bibliografia:
· Les Seléctions Sociales, 1896.
· L’Aryen et son Rôle Social, Paris, Albert Fontemoing, 1899. Curso livre de ciência política dado na Universidade de Montpellier em 1899-1900.
· Race et Milieu Social. Essai d’Anthropologie, Paris, Rivière, 1909.
. Béjin, André, «Théories Socio-Politiques de la Lutte pour la Vie», apud Ory, Pascal, op. cit., pp. 406 segs...
Retirado de Respublica, JAM