Revolução Demográfica
Outra das revoluções globais tem a ver com a revolução demográfica, com o aumento da população do mundo e com a alteração quantitativa na proporção existente entre grupos étnicos, falando-se a propósito nas bombas demográficas do Sul relativamente ao decréscimo numérico da população branca do Hemisfério Norte. Com efeito, a população mundial que se manteve estável dos tempos de Jesus Cristo ao ano mil, multiplicou-se por vinte neste último milénio. Mas, nestes últimos cinquenta anos, o multiplicador entrou em ritmo quase febril: se em 1939 havia 2. 195 milhões de homens, esse número passou para 4. 453 milhões em 1980 e para 4. 842 em 1985, prevendo-se que atinja os 6. 127 milhões no ano 2000 e os 8. 177 milhões em 2025. Actualmente em cada cem homens há 22 chineses, 20 nativos do subcontinente indiano, 10, 2 europeus, 5, 7 da antiga URSS, 5, 5 da América do Norte, 11, 4 africanos, 8, 4 da América Latina. Mas se atendermos à distribuição da riqueza, verificaremos que quatro quintos da riqueza mundial cabe a uma sétima parte da população do mundo, contribuindo-se assim para a destruição de outro dos valores básicos de qualquer comunidade, a isonomia.