sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Action Française (1898)

Movimento surgido em Abril de 1898, por ocasião do caso Dreyfus. Apesar de ter sido fundado por intelectuais nacionalistas, mas republicanos, o movimento passa a ser liderado pelo agnóstico Charles Maurras, a partir de Janeiro de 1899. Chega a ter um jornal diário, publicado a partir de 21 de Março de 1908 e até 1944, que tem como lema Tout ce qui est national est nôtre. Defende um nacionalismo integral, com uma monarquia tradicional, autoritária, hereditária, anti-parlamentar, mas descentralizada, procurando conciliar o monarquismo com o positivismo. Segundo o dito de Maurras, on démontre la nécessité de la Monarchie comme un théorème. Critica, sobretudo o republicanismo, porque la République en France est le règne de l’étranger. Mobiliza intelectuais como Léon Daudet e Jacques Bainville. Cria grupos de acção, os Camelots du Roi que visavam mudar o regime dito dos Choseards, pela força. Depois de 1918, opõe-se à reconciliação franco-alemã, protagonizada por Aristide Briand. Continua a mobilizar importantes intelectuais franceses como Paul Bourget, Henri de Massis, Jacques Maritain, Georges Bernanos e Pierre Gaxotte. Foi condenada pelo papa Pio XI em 15 de Março de 1926, acusada de belicismo e de ateísmo. O movimento defendia o politique d’abord e uma linha de naturalismo político. Influencia em Portugal o Integralismo Lusitano. O decreto condenador foi revogado em 1939. Apoia a subida ao poder de Pétain que mobiliza vários maurrasianos para o governo de Vichy. Maurras defende então a política de la France seule, contra os dissidentes e os colaboracionistas. Será bandonado pelos mais dinâmicos dos militantes, juntando-se uns a De Gaulle e assumindo outros o colaboracionismo, como o jornal Je suis partout, dirigido por Robert Brasillach e por Lucien Rebatet. Maurras foi condenado a prisão perpétua em Janeiro de 1945. Depois desta data o movimento ainda publica os semanários Aspects de la France e La Nation Française, onde se destaca Pierre Boutang.
Retirado de Respublica, JAM

Acordo

De ad mais cor, coração. O que está junto do coração, enquanto sentimento. O que gera identidade de sentimento a respeito de um certo assunto. A expressão tem relevância no direito internacional público, onde os tratados são uma das espécies desse género, ao lado dos pactos, das convenções, dos compromissos e das concordatas, entre outras coisas.
Retirado de Respublica, JAM