segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Kierkegaard, Soren aabye (1813-1855)

Filósofo dinamarquês, inspirador do existencialismo. Licenciado e doutorado em Teologia (1840 e 1841). Aluno de Schelling em Berlim em 1842. Atacando o cristianismo burgês, considera que a essência do cristianismo é uma vida infeliz e de sofrimento, marcado pelo temor e pelo tremor. No temor o homem tem medo de perder o que possui; no tremor, na angústia, tem medo de perder-se a si mesmo. Contra o hegelianismo, que defende o intelectual, o universal e o necessário, insiste na vontade, no singular e na liberdade, valorizando o singular. Considera a liberdade não nasce da certeza, mas da incerteza. Neste sentido, assinala a via do paradoxo, ou do absurdo, onde se manifesta uma oposição de termos irreconcliáveis. Neste sentido assinala a necessidade de um desespero autêntico, o do finito que permite elevar o homem até à eternidade. A fé é um dos exemplos do paradoxo, exigindo adesão sem compreensão. Com Cristo, Deus e Homem ao mesmo tempo. Observa que a política, o Estado e a Sociedade são causas de alienação e obstáculos à autenticidade da existência. Entre as suas obras, Temor e Tremor, de 1843; O Conceito de Angústia, 1844; O Desespero Humano, 1849; A Escola do Cristianismo, 1850.

Retirado de Respublica, JAM

Foto picada de Antrposmoderno