Modo de produção
Para o marxismo ortodoxo, as forças produtivas, os ditos meios de produção, bem como as relações de produção, isto é, os regimes económicos definidos pela propriedade dos meios de produção, esses dois elementos é que formam a infra‑estrutura económica de cada modo de produção. E seria esta infra‑estrutura geradora da chamada super‑estrutura, onde cabem as ideias, as instituições sociais, das quais se destaca o Estado. Cada sociedade forma, assim, um todo, uma "formação económica e social" que vai evoluindo ao longo do tempo:o comunismo primitivo, a escravatura, o feudalismo, o capitalismo (...) E em cada formação económica e social há uma classe dominante, detentora dos meios de produção, que exploraria todas as outras ‑ o caso da nobreza no feudalismo e da burguesia no capitalismo. Nestes termos, o Estado, enquanto mera super‑estrutura, teria de ser um simples reflexo automático de um determinado meio de produção. Para utilizarmos as palavras de Marx, "considere‑se uma determinada sociedade civil e aí teremos um determinado Estado político, que não passa da expressão oficial da sociedade civil".
Modo de produção asiático
Marx refere um modo de produção asiático, alicerçado em comunidades aldeãs auto-suficientes, com uma estrutura produtiva mista, de carácter agrícola e artesanal, onde a propriedade privada do solo não conseguia impor-se. O Governo central apropriava-se do excedente, ao mesmo tempo que fornece os serviços de defesa e realiza grandes obras públicas, das vias de comunicação ao sitema de irrigação, necessitando, para tanto, de um forte aparelho burocrático. Daqui resultaria a imobolidade das sociedades orientais, com uma subordinação da massa dos súbditos a um poder central ( o despotismo oriental).