Esquisse d’un Tableau Historique des Progrès de l’Esprit Humain, 1794
Obra escrita em 1793-1794, repleta de optimismo histórico, quando o autor estava a ser vítima da revolução a que aderira como girondino. Perseguido pelos jacobinos, acaba por suicidar-se no mesmo ano em que completava esta obra, deixada ainda como esboço. Influenciado por Voltaire e Turgot, o texto é dominado pela ideia de progresso. Discípulo dos fisiocratas, considera que o Estado deve ter uma acção limitada, cabendo-lhe tão só garantir o exercício dos direitos naturais, abstendo-se de qualquer intervenção na economia. As tarefas do Estado devem resumir-se ao estabelecimento de um sistema de pesos e medidas, de cunhagem da moeda, de lançamento de impostos para se custearem as despesas com a segurança externa, a ordem pública, o fomento da prosperidade geral e a conservação dos direitos do homem. Propõe a abolição da escravatura e que devem civilizar-se todos os povos. Estabelece um programa de universalização da instrução e de abolição das guerras (cfr. trad. port. de Maria Antonieta Godinho, com prefácio de Vitorino Magalhães Godinho, Quadro dos Progressos do Espírito Humano, Lisboa, Cosmos, 1946).
Retirado de Respublica, JAM
Retirado de Respublica, JAM