quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Larenz, Karl (1903-1993)

– Comunidade, 51, 321 – Conceito e o todo significante, 13, 98 – Neo-hegelianismo, 37, 232
O hegelianismo também é patente na primeira fase de Karl Larenz (n. 1903), nas obras Rechts und Staatsphilosophie der Gegenwart (1935) e Sittlichkeit und Recht (1943). Na primeira, chega mesmo a observar que a comunidade que integra o indivíduo é sempre e necessariamente a nação constituída em Estado e forjada em bloco pelo sangue, a raça e o espírito. Como o próprio reconhece, à distância de quase uma geração e à luz da experiência, a concepção de Estado que, nessas primeiras obras, assumiu era excessivamente orientada pelo encarecimento optimista de Hegel da racionalidade e moralidade do ser estadual da sua época. Depois disso, vê a filosofia do Estado de Hegel como parte da sua ética e da sua filosofia do direito, mais condicionada pela sua época e, por conseguinte, mais débil. Reconhece, contudo, que o mais extraordinário contributo de Hegel permanece a sua lógica do “conceito concreto” e, para além disso, o desenvolvimento da ética e da teoria material de Kant , no sentido de uma teoria material dos valores, principalmente na primeira parte da sua filosofia dos valores.

Retirado de Respublica, JAM