segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Behaviorismo

http://respublica.maltez.infoO behaviorismo, de behavior a forma norte americana do inglês behaviour, ou comportamento, veio dizer que, nas ciências sociais, importava limitar a análise aos comportamento observável dos seres humanos, porque só deste modo se conseguiria a objectividade . O homem, como os restantes animais, funcionaria segundo o chamado S -R schema, dado que um determinado estímulo (S) produziria uma resposta (R). O comportamento humano não passaria de uma série de combinações variadas de estímulos provindos, por um lado, do estado de necessidade e, por outro, do estado do ambiente, que conduzem à espécie de comportamneto característico dos diversos organismos, para utilizarmos a terminologia de Hull. Não haveria pois necesidade de recorrermos à noção de fim ou de intenção, para a análise de uma conduta humana. Além disso, conhecendo-se muitos casos de respostas aos mesmos estímulos, seria possível elaborar uma teoria capaz de prever o comportamento humano de forma precisa e científica. A ciência deveria portanto sistematizar e quantificar as observações e depois tratá-las de acordo com os métodos quantitativos. A procura de uma ciência pura, através da análise dos comportamentos observáveis dos seres humanos, considerados como simples respostas a estímulos provindos do ambiente. A procura da regularidade dos comportamentos políticos, a fim de poderem estabelecer-se generalizações e teorias com valor explicativo; pela subordinação de todas as afirmações e de todas as teorias à verificação empírica; pela elaboração de rigorosas técnicas de pesquisa, recolha, registo e interpretação de dados; pela utilização predominante dos métodos quantitativos; pela rejeição dos valores; e pela elaboração de uma sistematização dos conhecimentos adquiridos.
A segunda geração da ciência política norte-americana, desenvolvendo o esquema sociologista, embrenhar-se-á na chamada revolução comportamentalista ou behaviorista, recolhendo, em primeiro lugar, os contributos da psicologia. A partir de então, considera-se que a ciência política deve reduzir-se ao estudo da acção política (political action), ao mero estudo do comportamento político dos indivíduos situados num determinado sistema social. Entende-se que a ciência política não é senão uma ciência do poder, uma ciência que deve estudar o poder em geral, essa possibilidade de levar outrem a fazer alguma coisa contra a respectiva vontade, essa forma de impor a esse outrem algo que este não deseja espontaneamente. Neste sentido, a política diluiu-se como simples subsistema do sistema social, passando a ser mera parcela ou um simples aspecto do social. O behaviorismo, de behavior (a forma norte americana do inglês behaviour) - sinónimo de conduta ou comportamento -, afirmou que, nas ciências sociais, importava limitar a análise aos comportamentos observáveis dos seres humanos porque só deste modo se conseguiria a objectividade.

O homem, como os restantes animais, funcionaria segundo o chamado S-R scheme, dado que um determinado estímulo (S) produziria uma resposta (R), em que o comportamento humano não passaria de uma série de combinações variadas de estímulos provindos, por um lado, do estado de necessidade e, por outro, do estado do ambiente, que conduzem à espécie de comportamento característico dos diversos organismos, para utilizarmos a terminologia de Hull. Não haveria necessidade de recorrermos à noção de fim ou de intenção para a análise de uma conduta humana. Além disso, conhecendo-se muitos casos de respostas aos mesmos estímulos, seria possível elaborar uma teoria capaz de prever o comportamento humano de forma precisa e científica. A ciência deveria, portanto, sistematizar e quantificar as observações, e depois tratá-las de acordo com os métodos quantitativos. A revolução behaviorista nos domínios da ciência política atingiu o seu clímax na década de cinquenta, quando se estabeleceu um estatuto de cientificidade para a disciplina, visando a adopção dos processos metodológicos das ciências naturais. Atingiu-se assim a predominância empírico-analítica, com a exigência da procura da regularidade e da uniformidade, a subordinação de todas as afirmações à verificação empírica, a adopção de técnicas de pesquisa marcadas pela precisão, a adopção de métodos quantitivos e a rejeição dos valores. A ciência política que nascera contra os excessos do normativismo jurídico, que produziram uma espécie de juridicização da política, transformar-se-á numa quase sociologia política. A procura do how, do como deve procurar-se a política através da pergunta sobre o como funciona, acabou por fazer esquecer o what, a pergunta sobre o que é a política. Com efeito, o exagero na procura dos factos levou a um acumular indiscriminado de informações sobre informações, àquele universo caótico que David Easton qualificou como hiperfactualismo. Aliás, tal revolução, que teve o seu apogeu com a eleição de Lasswell para a presidência da APSA em 1955, coincidiu com a própria divulgação da tese do fim das ideologias, assumindo-se como o cientismo típico de uma sociedade de abundância que considerava a filosofia política como coisa típica das eras de crise.
Retirado de Respublica, JAM