quarta-feira, 11 de julho de 2007

República Francesa (II e III)

II República Francesa (1848)

Instaurada em 24 de Fevereiro de 1848, depois da queda da monarquia de Julho, durante o governo de Guizot. Logo em 26 de Fvereiro, perante a grave crise de miséria social, o governo cria os ateliers nationaux. Nas eleições de Abril de 1948 surge uma maioria de republicanos moderados, ditos parti de l’ordre. Os elementos mais radicais, ligados aos socialistas revoltam-se durante as chamadas journésés de Juin, mas são esmagados por Cavaignac e cerca de 4 000 são deportados para a Argélia. Emitem a Constituição de 1948, estabelecendo o sufrágio universal e a eleição de um Presidente da República por quatro anos. Mas em 10 de Dezembro de 1848 já eleito Luís Napoleão. Este, dirigindo-se directamente ao povo, passa por cima da assembleia, considerada muito conservadora. Em Julho de 1851 estabelece uma revisão constitucional que reforça os poderes do presidente. Em 2 de Dezembro de 1851 faz um golpe de Estado, no sentido presidencialista, modelo que é aprovado por plebiscito de 21 de Dezembro de 1851. Não tarda que seja instaurado o Império em 2 de Dezembro de 1852.

III República Francesa

Foi instaurada em 4 de Setembro de 1870, por acção dos chefes da oposição republicana, Jules Ferry, Gambetta, Jules favre e Jules Simon, depois da derrota de Sedan (2 de Setembro), instituindo-se um governo de defesa nacional. Os prussianos entram em Paris em 28 de Janeiro de 1871 e Thiers é nomeado chefe do poder executivo por uma Assembleia Nacional instalada em Bordéus. O governo consegue vencer a insurreição da Comuna de Paris (de 18 de Março a 28 de Maio de 1871). Faz a paz com a Alemanha em 10 de Maio e consegue que as tropas de ocupação deixem o território nacional em Setembro de 1873. Depois do período dito da república conservadora, de Thiers, que dura até 24 de Maio de 1873, segue-se a presidência do marechal Mac Mahon, com o governo do duque de Broglie, onde se assume uma política pró-clerical, em nome da chamada ordem moral. Os monárquicos não aproveitam a situação pelas divergências que se manifestam entre legitimistas e orleanistas. A repúblicana vem a ser consagrada em 30 de Janeiro de 1875 e os republicanos vencem as eleições de 1876 e 1877. Entre 1879 e 1887, sob a presidência de Jules Grevy, domina o republicanismo positivista e maçónico, com laivos anticlericais, ao mesmo tempo que se dá uma expansão colonial feita em nome das exigências morais da razão e da democracia. A Maçonaria que. durante o II Império, fizera, sobretudo, uma propaganda racionalista, depois de reforçada com a adesão de Emile Littré, Combes e Jules Ferry, faz uma viragem anticlerical e até elimina as referências ao Grande Arquitecto do Universo. Segue-se a crise de Boulanger, até se desencadear a questão Dreyfus, entre 1894 e 1899. Surge neste ambiente a chamada república radical que depois das leis anticongreganistas de 1901, corta as relações com Roma (Julho de 1904) e emite a lei da separação em 9 de Dezembro de 1905.

Retirado de Respublica, JAM