Moderantismo
Há uma terceira via moderada e pós revolucionária que tem no cartismo centrista de François‑René Chateaubriand (1768‑1848) um dos seus principais epígonos.
Outro dos clássicos do liberalismo moderado é Benjamin Constant(1767‑1830), cujas ideias se constroem na prática perante os desvios da pós‑revolução em França, muito principalmente face ao bonapartismo.
Entre nós, o modelo propaga-se com o segundo romantismo liberal romântico, esse herdeiro conservador de um romantismo que fora revolucionário e que Oliveira Martins, pensando em Garrett e Herculano, considera "individualista sem enjeitar a tradição, e até popular sem deixar de ser brandamente aristocrata". Era o liberalismo da autocrítica, centrista e racionalizado, que, no entanto, ainda continua a ser o liberalismo inconformista saudoso da república romana ou dos foros medievais, repudiando o centralismo jacobino. Era descendente do liberalismo moderado de Palmela e de Silvestre Pinheiro Ferreira, um "primeiro romantismo, católico, tradicionalista, monárquico, aristocrático".