domingo, 11 de fevereiro de 2007

Rebelión (La) de las Masas, 1926-1927

Título de uma obra de José Ortega y Gasset que começou a publicar-se em foletim no jornal madrileno El Sol, em 1926. Teve a primeira edição global em 1927, com um prólogo para franceses e um epílogo para ingleses. Parte da noção de sociedade como unidade dinâmica de dois factores: minorias e massas, onde as primeiras são constituídas por indivíduos especialmente qualificadas e as segundas, pelo homem médio. Considera que a revolução não é a sublevação contra a ordem preexistente, mas a implantação de uma nova ordem que tergiversa a tradicional. Denuncia-se o intervencionismo do Estado, dado que o homem massa tende a ver neste um poder anónimo. E como ele se sente igualmente anónimo julga que o Estado é uma coisa sua. Observa até que o Estado absolutista respeita instintivamente mais a sociedade que o Estado democrático. Daí o grito de revolta contra o maior perigo que hoje ameaça a civilização: a estatificação da vida, o intervencionismo do Estado, a absorção de toda a espontaneidade social pelo Estado.
A obra abrange as seguintes matérias: 1ª Parte - A Rebelião das Massas (I - O facto das aglomerações; II - Ascensão do nível histórico; III - A altura dos tempos; IV - O crescimento da vida; V - Um dado estatístico; VI - Começa a dissecação do homem-massa; VII - Vida nobre e vida vulgar, ou esforço e inércia; VIII - Porque as massas intervêm em tudo e porque só intervêm violentamente; IX - Primitivismo e técnica; X - Primitivismo e história; XI - A época do mocinho satisfeito; XII - A barbárie do especialismo; XIII - O maior perigo: o Estado); 2ª Parte - Quem manda no mundo (XIV - Quem manda no mundo?; XV - Desemboca-se na verdadeira questão; Epílogo para ingleses).
Retirado de Respublica, JAM